Dificuldades de atenção, concentração e de aprendizagem podem ser reflexos de problemas na audição do seu filho.
Na escola, a professora diz que seu filho tem dificuldade para prestar a atenção, por vezes é agitado ou até que ele não quer aprender?!
Não estou generalizando o sistema de educação, mas relatos como a fala acima tem sido cada dia mais comum na rotina da clínica.
E você, já ouviu aquele ditado que diz: “Criança calma não é bom!”
Os primeiros 5 anos de vida da criança são extremamente importantes para do desenvolvimento dela, seja nas questões cognitivas, motoras e na comunicação. O ditado acima faz todo sendo, quando lembramos que nos primeiros 5 anos a criança precisa ser curiosa e demonstrar vontade e até necessidade de experienciar as coisas ao seu redor.
Para o bom desenvolvimento de todos estes aspectos é necessário que a criança tenha um bom funcionamento do cérebro, mas também um bom funcionamento do sistema auditivo periférico e central, isto é, da chegada do som no ouvido até essa informação ser entregue ao cérebro.
Considerando nossos aspectos climáticos, se tornou comum que crianças fiquem resfriadas ou gripadas, que apresentem coriza e secreção recorrentes. Por conta da anatomia da criança é mais comum ainda que essa secreção passe por um canal que comunica o fundo do nosso nariz até o ouvido e lá se instale, formando as otites, famosas infecções de ouvido.
Ocorre que nem sempre o seu pequeno sentirá dor e nem sempre o organismo dele será capaz de combater o vírus dessa secreção, favorecendo assim as dificuldades para ouvir. É como se a criança estivesse numa bolha e todos os sons ficassem longe. Sem contar que se houver muita secreção e o tímpano não aguentar ele irá se romper, causando dor e um problema ainda maior.
Você com certeza ficou a imaginar como seria ouvir assim não é?
Com toda certeza é difícil e se houver ruído competindo então, será mais difícil ainda. Prestar a atenção em algo que não escuta bem será um esforço tremendo. Isso é o que acontece com as crianças que possuem secreção no ouvido e não recebem o tratamento adequado.
Antes de pensarmos em desatenção, hipertatividade e muitos transtornos relacionados às dificuldades de se concentrar, precisamos descartar qualquer comprometimento a nível auditivo. Por isso, em casos de desatenção e dificuldades na escola, busque o fonoaudiólogo ou o otorrinolaringologista para entender como realmente está a audição do seu filho.
DICA DE OURO DA TIA FONO: Antes de iniciar a fase de alfabetização, faça uma avaliação auditiva no seu pequeno.